Publicado em 16 de junho de 2021
Exemplo de destaque no empreendedorismo feminino, Eda Machado, fundadora do Centro Universitário IESB, comemora aniversário em casa. Em isolamento desde o início da pandemia da Covid-19, ela conta que já está vacinada e incentiva todos pela campanha. “Tomar a vacina é a melhor maneira de se proteger de uma variedade de doenças graves e de suas complicações. Quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças. É importante que cada um faça a sua parte, seguindo ainda todos os protocolos de segurança, como uso de máscara e álcool em gel, para que possamos voltar a nossa rotina”, reforça a professora Eda, dona de uma trajetória inspiradora.
Não é de hoje que as palavras superação e perseverança fazem parte da sua vida. Aos 17 anos, ela era apenas uma professora recém-formada, quando já surgiu a primeira grande responsabilidade: assumiu a direção de uma escola no Paraná e contou com a humildade e a coragem para enfrentar os primeiros desafios. “Humildade para conversar com os funcionários e professores, e dizer que não tinha experiência, e, portanto, precisava da ajuda de todos. Coragem para não se intimidar diante dos obstáculos”, revela.
Eda veio a Brasília para ajudar na criação de uma escola de ensino médio, criada na UnB em 1964, o CIEM. Passou pela FGV, Unicamp, voltou para a UnB, após anistiada. Trabalhou 18 anos no MEC (16 na CAPES e dois na SESU) e mais dois no CNPQ. Seu principal trabalho era coordenar projetos de inovação do ensino nas universidades. Em 1994 recebeu o convite para fundar o IESB, em parceria com o professor Pedro Chaves e sua irmã Therezinha Samways, além de sua filha Liliane Barbosa. “O IESB começou a funcionar em abril de 1998, bem pequeno e rapidinho começamos a inovar. Teoria e prática eram nosso slogan. Os vestibulares eram temáticos (meio ambiente, desenvolvimento, científico e tecnológico) com perguntas baseadas em jornais e revistas, além de entrevistas e análise do histórico escolar do ensino médio. Nossa instituição surgiu porque muitas pessoas da comunidade nos ajudaram e entendiam que o trabalho era sério”, conta a professora ao reforçar a importância dos princípios, valores e estratégias em sua vida.
Foi bolsista do Programa MEC/USAID e fez seu Mestrado e Doutorado na Universidade Penn State, Estados Unidos. Depois foi fazer seu Pós-Doutorado no Instituto Max-Planck de Berlim, com bolsa de estudos da Fundação Alexander von-Humboldt.
Com 23 anos de atuação no cenário educacional, o IESB soma hoje cerca de 90 cursos de graduação e 100 de pós-graduação entre presencial, híbrido e ensino a distância (EAD), além de dois cursos de mestrado. Toda essa infraestrutura, parcerias com instituições internacionais, cursos alinhados às necessidades do mercado de trabalho, tecnologia e inovação reconhecida internacionalmente, são alguns dos destaques que fazem do IESB um dos 10 melhores Centros Universitários do Brasil. “O mundo está mudando rapidamente. A transformação digital está acontecendo em uma velocidade tremenda e queremos que nossos alunos saibam usar todas essas ferramentas da melhor forma e com responsabilidade”, avalia a professora.
Responsabilidade esta que não fica apenas na internet. Em casa, Eda conta orgulhosa sobre o trabalho social que o IESB promove desde o início de sua construção e reforça a importância da solidariedade e do olhar ao próximo sempre. “A pandemia vem estimulando trabalhos voluntários em todo o país e isso é muito importante. É uma consciência que nós, IESB, temos desde o início da nossa trajetória e estamos ampliando, cada vez mais, com a ajuda de nossos estudantes e professores. Nossa visão é formar cidadãos por completo: os melhores na profissão escolhida e alunos que sejam capazes de transformar o mundo como agentes de mudança. Pessoas que fazem o bem para o outro”, afirma a professora.
A preocupação com a comunidade local sempre foi um dos pilares mais importantes da educação comandada por Eda. Foi ela quem deu vida ao projeto IESB em Ação e trabalhou para que ele fosse reconhecido como Cátedra, pela Unesco. Hoje, o trabalho segue firme e se faz cada vez mais presente. “O IESB iniciou suas atividades no dia 13 de abril de 1998, já com a missão de realizar ações que visassem introduzir mudanças na comunidade. Inicialmente, foi escolhida a Vila do Varjão como campo de ação. O Professor Edson Machado foi seu primeiro coordenador. Desde então, a filosofia da nossa proposta no Varjão era, por meio de projetos, orientar os alunos para colocarem em prática a teoria que tinham aprendido na sala de aula. Assim, alugamos e reformamos um prédio de dois andares com a finalidade de ser a sede do IESB em Ação e, na sequência, diversos espaços foram organizados para criar condições de atendimento e envolvimento das pessoas – de crianças até idosos – para atender as necessidades da comunidade”, conta.
Ao longo dos anos, o IESB, por meio da Cátedra Unesco sobre Desafios Sociais Emergentes, recebeu muitos prêmios de Responsabilidade Social. “E continuamos com nossas ações neste período de pandemia, mesmo a distância. A Cátedra UNESCO foi aprovada em 2008 e, em 2009, recebemos a visita de dois repórteres da Bloomberg Business Week, que publicaram um artigo sobre o Brasil e incluíram o nosso trabalho, em que procuramos impactar nossos alunos com os princípios e valores que norteiam a vida do IESB. Outras revistas e jornais internacionais, como a Time Magazine, Forbes e The Guardian passaram a publicar e destacar a missão do IESB e o nosso slogan de que teoria e prática devam caminhar juntas. O último prêmio recebido pelo IESB foi em São Paulo, em 2019. Entre 63 Universidades que concorreram, o IESB ficou em 3° lugar, o que muito nos honrou”, revela a fundadora.
Ela reforça o quanto esses trabalhos impactam a vida dos alunos por meio da formação de valores humanos de solidariedade, cooperação, ética e respeito. “O IESB se orgulha muito do trabalho realizado pela Cátedra UNESCO sobre desafios sociais emergentes e tenho certeza que vamos avançar ainda mais, agora que muitas pessoas estão reavaliando suas vidas e redescobrindo a importância da empatia e do olhar ao próximo. Eu gosto de dizer que o mundo precisa de você. E perguntar sempre: E o que você precisa da gente?”, conclui a professora Eda.