Publicado em 16 de setembro de 2021
O mestrado profissional é o modelo de pós-graduação focado em estabelecer uma ponte entre o mercado de trabalho e a área acadêmica. Nesse sentido, a produção de conhecimento científico é voltada para uma prática que apresente resultados para a sociedade e impulsione a trajetória profissional.
Para dar um novo passo e unir a teoria com a prática que já carregava durante a carreira, o educador físico Alexandre Basto embarcou em uma jornada no mestrado em Direitos Sociais e Reivindicatórios do IESB. O resultado deu tão certo que ele está concorrendo ao prêmio de aluno destaque do curso.
Alexandre graduou em educação física em 1999 e desde então vem trilhando a jornada profissional com o objetivo de movimentar as reivindicações dos direitos sindicais dos trabalhadores da categoria e dos consumidores de saúde. Hoje, é conselheiro do Sindicato dos Profissionais de Educação Física (SINPEF-DF), dono de uma empresa de confecções do segmento fitness e participou, em 2014, da elaboração do Projeto de Lei n°1795/2014, sobre os direitos dos personal trainers e consumidores em academias low-cost.
Trajetória
Profissional na área da saúde, Alexandre vem construindo uma carreira desafiadora: concluiu pós-graduação em marketing esportivo, trabalhou com pesquisas, laboratório de educação física e chegou, inclusive, a estudar sobre administração e empreendedorismo. Em todas as experiências, nunca deixou de estar envolvido com as questões políticas da educação física. Hoje, é formado no mestrado em Direitos Sociais e Processos Reivindicatórios do IESB.
O educador físico conta que identificou na proposta do IESB uma oportunidade para unir a prática que carregava com a teoria que sentia falta. “Eu encontrei ali o que eu precisava. Eu queria pesquisar melhor sobre a devida promoção de saúde do consumidor e da sociedade. Então, paralelamente, tocaria minha classe”, conta.
Como sindicalista, Alexandre visualizou a possibilidade de se desenvolver ainda mais e aprimorar a carreira com o mestrado. “Realmente foi a questão da teoria com a prática. Fui fisgado e literalmente estou muito satisfeito com todo o resultado, não só acadêmico, mas também profissional e pessoal”, afirma.
Durante os dois anos de curso, entre 2018 e 2020, Alexandre conheceu diversas situações vinculadas ao direito do consumidor de saúde e estudou sobre a transparência dos serviços oferecidos por academias, em especial as que seguem o modelo low-cost. “O mestrado fortaleceu mais ainda o processo crítico-construtivo. Você deixa de ser apenas um crítico e começa a formar uma opinião mais significativa, embasada e construtiva para galgar novas ações e projetos”, destaca.
Por que um mestrado profissional?
Os cursos stricto sensu são voltados para a pesquisa. No caso do mestrado profissional, o objetivo da pesquisa é produzir conhecimentos que fortaleçam a área acadêmica e também o mercado de trabalho com resultados práticos e soluções reais. “Quando me deparei com a proposta do mestrado profissional, que foi uma situação muito interessante pra mim, eu vi que não era só uma proposta de padrão acadêmico, mas também uma injeção prática daquilo. E isso é de extrema importância pra gente linkar com as necessidades sociais”, diz Alexandre.
Dissertação virou livro
Para o mestrado, Alexandre retomou o Projeto de Lei que ajudou a elaborar em 2014 e produziu uma dissertação sobre os direitos de consumidores e personal trainers em academias low-cost. O objetivo era analisar as matérias legislativas e ampliar o projeto à nível nacional. No processo, o educador físico conseguiu acionar o Procon do Distrito Federal para analisar e fiscalizar possíveis atividades irregulares dos estabelecimentos da cidade.
A dissertação virou um livro com o título “O desenvolvimento (in)sustentável do fitness low-cost: busca de harmonia entre a academia, o profissional de educação física e o consumidor”. O livro transita entre os sindicatos dos profissionais, órgãos públicos e líderes do governo para possível implementação de projetos de lei no país.
Para ler a dissertação na íntegra, clique aqui.
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Por Vitórian Tito