Publicado em 20 de setembro de 2022
Ação foi realizada na Escola Classe Jardim botânico, nesta terça-feira, 20/9, durante evento da Semana Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência
Em comemoração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/9), e para conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão, crianças da Escola Classe Jardim Botânico (DF) conheceram de perto o projeto e-Nable IESB. Desenvolvida por estudantes do Centro Universitário, a iniciativa tem como objetivo imprimir, montar e entregar, gratuitamente, próteses de mãos feitas em impressoras 3D às pessoas com deficiência. “O projeto é uma opção para quem não tem condições de adquirir uma prótese convencional, devido ao alto custo, e se destaca ainda por melhorar a autoestima das crianças e adultos que recebem o dispositivo”, explicou a professora Larissa Cayres, coordenadora dos cursos de Arquitetura e Design de Interiores do IESB e responsável pelo projeto na instituição.
Durante a sua palestra na escola, Larissa apresentou as próteses já entregues pelo IESB. Entre elas, chamou atenção das crianças o dispositivo feito com uma estampa especial: a do Capitão América. “É como se fosse o super-herói do filme que elas conhecem. Então, se torna algo interessante, divertido e atrativo’’, disse a professora ao destacar ainda a importância do convite para o debate sobre inclusão. “O projeto das próteses 3D é um trabalho no qual temos muito orgulho. E compartilhar essas ideias com tantas crianças, em uma data tão importante para o debate e conscientização, como o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, é muito especial. Mostra o quanto nosso projeto de extensão ultrapassa os muros da universidade em busca de um mundo melhor e inclusivo para todos”, disse a professora Larissa.
Diretora da Escola Classe Jardim Botânico, a professora Adriana Muzi reforçou a importância da ação entre os alunos. “Eles passam a entender melhor como a tecnologia está sendo utilizada para o bem das pessoas. Também, que essa iniciativa desperte neles a curiosidade para que eles possam, ao buscar uma profissão, se interessar por mais pesquisas que possam melhorar a vida de todos”, completa a diretora.
Saiba mais sobre as próteses 3D
Desenvolvidas no Laboratório Maker do IESB com ajuda de estudantes e professores, as próteses são feitas por meio de impressoras 3D, utilizando plásticos ABS ou PLA, e funcionam com movimento de agarrar. “Elas abrem e fecham usando a flexão do punho ou cotovelo. Portanto, o indivíduo que vai recebê-las deve ter um punho ou cotovelo funcional para poder tirar o máximo proveito na utilização dos dispositivos recomendados pela e-Nable”, explica Larissa.
Além disso, as próteses devem ser prescritas por um profissional de saúde e seu uso deve ser acompanhado por um responsável da área de reabilitação. “Só com a prescrição da prótese é iniciado o processo de modelagem e impressão do dispositivo, de acordo com as medidas do paciente e necessidades de adaptação. Também é feito avaliação junto a família e ao futuro usuário da prótese, explicando como é feito o uso, indicando as possibilidades e limitações”, reforça a coordenadora do projeto. Após a doação, é necessário um período de adaptação. “Depois que a prótese está pronta, nossa equipe de profissionais e estudantes do IESB vão ensinar o beneficiário a usar as novas mãos. Elas são colocadas no punho utilizando uma faixa, como se fosse uma luva”, explica a professora.
O interessado em adquirir a prótese de mão confeccionada pelo IESB deve entrar em contato direto com o Centro Universitário pelo e-mail iprotese@iesb.br