Publicado em 22 de dezembro de 2020
Quem nunca olhou para um pet fofinho e se sentiu feliz que atire a primeira pedra. Ter um companheiro peludo pode ser positivo para os processos cognitivos: aumenta a produção de ocitocina, serotonina e dopamina, diminui o cortisol, hormônio relacionado ao estresse, e eleva a felicidade da casa. Na pandemia, a adoção de animais de estimação se tornou uma grande alternativa para enfrentar o isolamento.
De acordo com estudo realizado na University of South Austrália pela Dr. Janette Young, a relação entre animais de estimação e humanos durante a quarentena têm contribuído para o relaxamento e diminuição do estresse. De acordo com a pesquisa, os animais possuem um papel importante em momentos de isolamento e geram impactos positivos durante as interações.
Para o professor Sérgio Alves, do curso de Psicologia do IESB, “os animais seriam uma ótima possibilidade de preencher um pouco dessa solidão. Famílias também adotam e, nesse caso, entram sentimentos de afeto, cuidado e responsabilidade”, diz.
Durante o isolamento, Mariana Saraiva, aluna do 4° semestre de Jornalismo da instituição, se tornou tutora de um cachorro. Chico é o novo integrante da casa e se adaptou super bem ao novo ambiente. Para ela, a quarentena influenciou na decisão. “Eu achei que um bichinho novo tiraria a casa da monotonia e traria alegria. Deu um novo sentido ter ele em casa”, conta.
Chico foi adotado por Mariana durante a pandemia
Mas é importante tomar cuidado antes da decisão. “Tem que avaliar se realmente entende o que é ter um pet, os cuidados que eles precisam, o tipo da demanda de energia, tempo e disposição”, avalia Sérgio. Para ele, é preciso levar a rotina no pós-pandemia em consideração para que o pet não seja abandonado.
“Toda mudança requer um período de adaptação. Assim como nos adaptamos ao trabalho em casa, quando voltarmos ao presencial vamos precisar de tempo para essa adaptação”, explica. O mais importante é cuidar da saúde mental, ter responsabilidade com o novo bichinho e criar laços de afeto.
Por Vitórian Tito