Redes sociais X Mercado de trabalho: amigos ou inimigos?

Publicado em 3 de dezembro de 2020

Kátia Balduíno e André Imbroisi, professores do curso de Publicidade e Propaganda, dão dicas de como utilizar as redes sociais de forma positiva para o mercado de trabalho

Por um tempo, foi considerada por alguns como “terra sem lei”. Hoje, após períodos de evolução e de adaptação, das plataformas e dos usuários, a internet e as redes sociais não são mais classificadas dessa forma, “nem mesmo de maneira utópica”, explica Kátia Balduíno, professora do curso de Publicidade e Propaganda, que acrescenta: “A internet é cada vez mais uma terra com lei, e com leis, diga-se de passagem, rígidas. Nós somos, na verdade, o tempo inteiro monitorados e observados”.

Atualmente, não mais com a função só de interação social e entretenimento, as redes sociais passaram a ser também uma espécie de vitrine e portfólio, onde além dos seguidores, amigos e familiares, empresas e empregadores também passaram a monitorar os comportamentos, posicionamentos e a rotina de candidatos a uma vaga de emprego, se tornando, em alguns casos, uma análise decisiva no momento de contratação.

De acordo com o professor do curso de Publicidade e Propaganda André Imbroisi, “usar as redes sociais é imprescindível”. O professor conta que hoje a separação entre real e virtual está cada dia mais sutil, se tornando tudo uma coisa só, e destaca ser importante ter um local na web para poder se posicionar, aparecer e mostrar aquilo que faz: “Inclusive, hoje tem redes sociais voltadas para o mercado de trabalho, como o Linkedin”.

Cuidados devem ser tomados ao decidir o que vai ou não ser compartilhado nos perfis. Kátia alerta que é importante que se saiba qual o objetivo com sua rede social, para delimitar o foco das publicações: “Se ela vai ser uma rede social apenas de interação entre os amigos, ela tem uma característica. Se ela vai ser utilizada para posicionamento no mercado profissional, ela tem outra característica”.

A publicitária considera que não existe uma fórmula mágica para o que deve ou não ser exposto nas plataformas, mas alguns pontos são observados de forma positiva e outros de forma negativa, e esclarece: “A melhor maneira de utilizar as redes sociais é você sempre trazer conteúdos relevantes”. A discente conta que para um perfil ser direcionado de maneira correta, no uso mercadológico, é interessante que o usuário interaja com conteúdos da área de interesse.

“Se você é de uma área onde sua atuação é mais prática, você traz, por exemplo, um backstage, os bastidores, para que eles vejam como é o processo de produção”. Rotinas acadêmicas e práticas dentro da faculdade, o uso da criatividade e inovação para a criação de conteúdos e resolução de problemas também são atrativos, alerta a discente.

Nem só de trabalho se vive

O professor André Imbroisi traz a rotina pessoal, fora do âmbito profissional, como publicações que também chamam atenção de maneira positiva: “O tipo de publicação que se destaca são publicações que mostram o que é você de verdade, mas que traduz também um diferencial seu perante as pessoas.”

Segundo André, Mostrar trabalhos voluntários, engajamento com causas sociais, animais e ambientais, as diversões e hobbies, os tipos de músicas, filmes e livros que costuma consumir, sem exageros e sem passar dos limites, é outro tipo de conteúdo que as empresas normalmente atrelam como fator positivo.

Por Isadora Mota

Mais notícias