Publicado em 23 de outubro de 2020
Dentro ou fora do país, uma das saídas para atender a quantidade de pacientes infectados pela covid-19 foi a construção de hospitais de campanha, uma construção rápida de unidade hospitalar para situações extremas, como no caso de alguma calamidade pública, utilizando sistemas construtivos inteligentes. Essa corrida contra o tempo para erguer estruturas e poupar vidas revisitou a importância de outras áreas além da saúde, nos momentos de crise.
Com o dia 25/10 se aproximando, data que se comemora a construção e o Dia do Engenheiro Civil, o IESB entrou em contato com o professor Matheus Leoni, do curso de Engenharia Civil, para entender como a área foi fundamental nos últimos meses.
De acordo com o professor, as construções bateram recorde de velocidade nas entregas, por conta da urgência no tratamento de pessoas infectadas. Além disso, infraestruturas que já estavam de pé, como no caso dos estádios, precisaram ser adaptadas, com soluções rápidas e inteligentes, para dar vazão aos tratamentos durante a pandemia. “É preciso sempre deixar claro para os alunos que uma profissão na engenharia passa por altos e baixos e, a partir disso, precisamos aprender a ser inovadores e a apresentar variedades no mercado, ao observar os fenômenos que acontecem em nossa volta”, afirma o professor.
Segundo Matheus Leoni, a cadeia produtiva do campo da engenharia não foi apenas solução e também foi afetada com a crise, principalmente, nas relações de fluxos de trabalho, de produção, transporte e vendas de materiais de construção. “Infelizmente fomos prejudicados com relação à circulação e a cadeia produtiva, ambas foram muito afetadas. Porém, o transporte se manteve, levando materiais de auxílio que precisavam chegar a algum local rápido”, relata. Com relação ao mercado de trabalho, Matheus revela que a tendência pós-pandemia é gerar uma nova e maior circulação de empregos, assim como o fortalecimento de novidades que surgiram nesse período de crise.
Por Ana Cristina Morbach