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Aprenda como evitar transtornos psicológicos durante a pandemia
Publicado em 10 de outubro de 2020
Professoras do curso de Psicologia, explicam transtornos recorrentes durante a pandemia.
Ana Rita Neves e Caroline Salles, professoras do curso de Psicologia, explicam transtornos recorrentes durante a pandemia e apresentam técnicas que podem ajudar a driblar o problema
O colapso mundial causado pela pandemia trouxe um aumento dos casos de alterações psicológicas decorrentes das imposições da pandemia. A sensação de falta de controle, incerteza e constante insegurança colaboram para o desenvolvimento de transtornos, como o de ansiedade e o de estresse pós-traumático (TEPT) que, segundo o Instituto de Psiquiatria Paulista, foram os mais registrados durante esse período.
A professora Ana Rita Neves do curso de Psicologia explica que o estresse pós-traumático acontece, geralmente, pela exposição do indivíduo ou de pessoas próximas à situação de ameaça de morte, lesão grave ou violência. Neste caso, a situação traumática se trata das vivências das consequências provocadas pela contaminação do coronavírus.
“Os principais sintomas envolvem lembranças recorrentes do evento, sofrimento intenso diante de situações semelhantes ao evento traumático, evitação deliberada de entrar em contato com lembranças do evento, bem como crenças negativas persistentes a respeito de si mesmo”. Já os transtornos de ansiedade envolvem características de medo e ansiedade exagerados, “sendo medo a reação a uma ameaça iminente real ou não e a ansiedade uma reação antecipatória a esta ameaça”, esclarece Ana Rita.
A especialista afirma ser essencial e necessário a busca por apoio psicológico e psiquiátrico quando os sintomas apresentados resultam em prejuízo significativos, em diferentes contextos da vida, sempre que as dificuldades atrapalharem o indivíduo na realização de atividades importantes, em situações sociais ou apresentar riscos físicos.
Como evitar o desenvolvimento desses transtornos?
Caroline Salles, professora do curso de Psicologia, conta que nessa situação de pandemia há a perda de referências de planos de ação, de projetos de vida, e de sobrevivência, por isso é comum o frequente estado de preocupação e medo, não só de adquirir o vírus, mas também de como se reorganizar diante das mudanças financeiras e de convivência social: “A tensão e o estado de alerta tomam conta das principais tarefas do dia a dia, favorecendo o adoecimento mental”.
A doutora em psicologia da saúde considera que há alternativas para resolver situações de crise e conflito na programação mental diária, e explica cada uma delas:
A inclusão de práticas de atividade físicas regulares ajuda na produção de substâncias protetoras do sistema nervoso central, como as endorfinas naturais e serotoninas, muito associadas aos exercícios praticados em ambientes ao ar livre.
Momentos de descanso físico e mental, melhorando não só a qualidade e quantidade de horas de sono durante a noite, mas também incluindo ciclos de intervalo de 5 a 15 minutos, especialmente em atividades que exigem concentração, esforço e atenção.
A necessidade do descanso também se estende ao uso das redes sociais, que muitas vezes provocam a sensação de alerta e hiperestimulação constante. Sendo assim, é recomendado tirar intervalos de tempo para também interromper o uso constante das redes sociais.
A prática da fé, da religiosidade e da meditação também estão geralmente associadas de forma positiva com a sensação de confiança, temperança e bem-estar físico e mental.
A qualidade da alimentação também pode favorecer um melhor estado de bem-estar, pois a sobrecarga na ingestão de alimentos e a ingestão de alimentos hipercalóricos e muito ricos em açúcares e carboidratos pode causar inflamação no sistema imunológico, e problemas de funcionamento do metabolismo.
Dia Mundial da Saúde Mental
Celebrado dia 10 de outubro, a professora Caroline Salles lembra: “Esse dia é importantíssimo para promover uma sensibilização do público para o autocuidado e atenção à saúde mental! Podemos aproveitar essa oportunidade para buscar mais informações não só sobre as doenças mentais mais comuns nesse momento, mas especialmente buscando os fatores de proteção diante dos riscos que vivemos nesse momento tão crítico”
Ana Rita Neves e Caroline Salles, professoras do curso de Psicologia, explicam transtornos recorrentes durante a pandemia e apresentam técnicas que podem ajudar a driblar o problema
O colapso mundial causado pela pandemia trouxe um aumento dos casos de alterações psicológicas decorrentes das imposições da pandemia. A sensação de falta de controle, incerteza e constante insegurança colaboram para o desenvolvimento de transtornos, como o de ansiedade e o de estresse pós-traumático (TEPT) que, segundo o Instituto de Psiquiatria Paulista, foram os mais registrados durante esse período.
A professora Ana Rita Neves do curso de Psicologia explica que o estresse pós-traumático acontece, geralmente, pela exposição do indivíduo ou de pessoas próximas à situação de ameaça de morte, lesão grave ou violência. Neste caso, a situação traumática se trata das vivências das consequências provocadas pela contaminação do coronavírus.
“Os principais sintomas envolvem lembranças recorrentes do evento, sofrimento intenso diante de situações semelhantes ao evento traumático, evitação deliberada de entrar em contato com lembranças do evento, bem como crenças negativas persistentes a respeito de si mesmo”. Já os transtornos de ansiedade envolvem características de medo e ansiedade exagerados, “sendo medo a reação a uma ameaça iminente real ou não e a ansiedade uma reação antecipatória a esta ameaça”, esclarece Ana Rita.
A especialista afirma ser essencial e necessário a busca por apoio psicológico e psiquiátrico quando os sintomas apresentados resultam em prejuízo significativos, em diferentes contextos da vida, sempre que as dificuldades atrapalharem o indivíduo na realização de atividades importantes, em situações sociais ou apresentar riscos físicos.
Como evitar o desenvolvimento desses transtornos?
Caroline Salles, professora do curso de Psicologia, conta que nessa situação de pandemia há a perda de referências de planos de ação, de projetos de vida, e de sobrevivência, por isso é comum o frequente estado de preocupação e medo, não só de adquirir o vírus, mas também de como se reorganizar diante das mudanças financeiras e de convivência social: “A tensão e o estado de alerta tomam conta das principais tarefas do dia a dia, favorecendo o adoecimento mental”.
A doutora em psicologia da saúde considera que há alternativas para resolver situações de crise e conflito na programação mental diária, e explica cada uma delas:
A inclusão de práticas de atividade físicas regulares ajuda na produção de substâncias protetoras do sistema nervoso central, como as endorfinas naturais e serotoninas, muito associadas aos exercícios praticados em ambientes ao ar livre.
Momentos de descanso físico e mental, melhorando não só a qualidade e quantidade de horas de sono durante a noite, mas também incluindo ciclos de intervalo de 5 a 15 minutos, especialmente em atividades que exigem concentração, esforço e atenção.
A necessidade do descanso também se estende ao uso das redes sociais, que muitas vezes provocam a sensação de alerta e hiperestimulação constante. Sendo assim, é recomendado tirar intervalos de tempo para também interromper o uso constante das redes sociais.
A prática da fé, da religiosidade e da meditação também estão geralmente associadas de forma positiva com a sensação de confiança, temperança e bem-estar físico e mental.
A qualidade da alimentação também pode favorecer um melhor estado de bem-estar, pois a sobrecarga na ingestão de alimentos e a ingestão de alimentos hipercalóricos e muito ricos em açúcares e carboidratos pode causar inflamação no sistema imunológico, e problemas de funcionamento do metabolismo.
Dia Mundial da Saúde Mental
Celebrado dia 10 de outubro, a professora Caroline Salles lembra: “Esse dia é importantíssimo para promover uma sensibilização do público para o autocuidado e atenção à saúde mental! Podemos aproveitar essa oportunidade para buscar mais informações não só sobre as doenças mentais mais comuns nesse momento, mas especialmente buscando os fatores de proteção diante dos riscos que vivemos nesse momento tão crítico”
Por Isadora Mota