Do IESB para o mundo: conheça a história de alunos que dividem os estudos com as competições olímpicas

Publicado em 22 de junho de 2020

Ayla Soares, Juscelino de Miranda e Ana Raquel Lins compartilham experiências diferentes, mas com o mesmo desejo: representar o Brasil mundo afora.

A prática de esportes começou cedo para os três atletas: Ayla Soares, Juscelino de Miranda e Ana Raquel Linsque. Ao longo do desenvolvimento na carreira, perceberam a necessidade de investir em um curso superior para aumentar as oportunidades que a vida poderia trazer. E foi aqui, no IESB, que tiveram a oportunidade de juntar a paixão de infância e o desejo da graduação, com um empurrãozinho a mais, o Bolsa Atleta-Estudante. Ayla, Juscelino e Ana Raquel passaram a dividir os tatames, piscinas e pistas de ciclismo com as salas de aula e os livos.

A pandemia do coronavírus fez com que todos os esportes e competições fossem adiados. Segundo Sérgio Avelino, coordenador do curso de Educação Física, a Bolsa Atleta continuará sendo ofertada. “Mesmo com algumas mudanças, a oportunidade será aberta para os alunos atletas que queiram participar do processo seletivo”, afirma. Ainda segundo o coordenador, no segundo semestre não será lançado um edital, mas será feita a divulgação da abertura das bolsas. “É um ano atípico, mas continuaremos firme”, finaliza.

O IESB concede o benefício Bolsa Atleta para incentivar e priorizar a prática do esporte, como apoio aos estudantes-atletas da Instituição, além de promover a prática do esporte e de hábitos saudáveis entre os alunos. A Bolsa contempla as categorias de campeão em nível mundial, Olímpico e Paralímpico e atletas locais.

Conheça as histórias dos atletas:

Ana Raquel Lins é estudante do curso de Educação Física. Começou a trajetória no esporte com finalidades fisioterapêuticas por conta de uma deformidade congênita, que foi descoberta ao nascer. Ana só parou para realizar um tratamento contra a leucemia, mas logo aos 8 anos de idade voltou com tudo para as competições de natação. Em 2007, participou de seu primeiro jogo Parapan-Americanos, representando o Brasil.
Em 2016, não mais na natação, a atleta estreou nos Jogos Paraolímpicos. Foi a primeira e única mulher no Paratriathlon. Hoje, Ana se dedica ao Paraciclismo e está concorrendo para participar dos Jogos Paralímpicos Tokyo 2020.

Por conta da pandemia da covid-19, o evento que aconteceria em julho precisou ser adiado. “Tivemos que replanejar, as competições foram todas canceladas e o critério de convocação também. Estamos esperando abrir o calendário e os critérios, mas seguimos treinando para estar prontos quando tudo voltar”.

Sempre no alto

O esporte é algo tão antigo na vida de Juscelino Miranda que o faz esquecer quando e onde tudo começou. É profissão, sonho, hobbie e tradição familiar. Primeiro as competições da mãe, depois os irmãos começaram a praticar e já aos 5 anos o atleta conquistava medalhas com a natação. “Meu pai, José Adirson, chegou a construir com minha mãe uma piscina semiolímpica em nossa chácara para os três filhos treinarem”, relembra.

Os esforços e incentivo dos pais foram o pontapé inicial para sua vida nos esportes. A piscina construída por eles despertou a paixão pelo triathlon e pelas escaladas. O atleta passou por grandes montanhas durante sua trajetória: perdeu amigos queridos, tratou um tumor raro no fêmur, que apesar de benigno, o fez dar uma pausa. Após 7 meses parado, bateu aquela saudade de escalar, pedalar, nadar. Esse foi o momento decisivo para unir todas as paixões e, assim, começou no Crosstriathlon, modalidade que pratica até hoje.

Juscelino acumula medalhas de 4º lugar no Mundial da Dinamarca 2018, 3º lugar no circuito Pan Americano 2017, 2º lugar brasileiro e 1º brasiliense, além do 4º lugar no ranking profissional Xterra 2016. Atualmente, cursa Direito e Administração, mas sem deixar o esporte de lado. “Optei por dividir o esporte com os livros, o que me garantiria uma estabilidade financeira mais rápida. Sempre estudando e trabalhando”, explica.

Lutas dentro e fora do tatame

Universitária e atleta de alto rendimento, Ayla Soares coleciona campeonatos e histórias. Descobriu a paixão pela luta há 11 anos e, desde que se tornou atleta, não parou mais de lutar, nos tatames e na vida. Por da falta de apoio, Ayla decidiu dividir a dedicação ao esporte com a experiência acadêmica. “Foi muita dedicação aos treinos e metas, muita busca por excelência e muita consciência da necessidade de uma graduação em um país que nem sempre valoriza seus atletas e proporciona a possibilidade de viverem somente do esporte”, explica.

Por Isadora Mota

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