Publicado em 3 de junho de 2020
O ano de 2020 está difícil para todo mundo. Mas há lugares em que um pouco de sangue a mais faria toda a diferença. Apesar de a Fundação Hemocentro de Brasília ser uma das mais abastecidas do Brasil, há déficit no estoque de alguns tipos sanguíneos. São eles O-, AB-, A- e B-. Como o órgão continua recebendo doações, mesmo na quarentena, o IESB resolveu compartilhar com você um manual para ser doador de sangue.
“Antes de mais nada, doação é um ato de amor ao próximo, desprendido de qualquer outro tipo de interesse. Se disponibilizar para doar sangue voluntariamente significa estar a serviço do outro, de quem necessita”, salienta a professora de Enfermagem do IESB e doadora de sangue, Camila Scatolin, que complementa: “Isso sempre me leva a levantar essa bandeira e incentivar amigos e familiares a doar”.
Para doar, basta fazer agendamento prévio por meio do telefone 160 (opção 2) ou de qualquer outro número disponibilizado pelo Hemocentro. O agendamento é obrigatório nesse período de quarentena, para um maior controle do fluxo de pessoas, evitando, assim, aglomerações.
Não! O órgão permite que grupos de 15 pessoas sejam atendidos no momento da doação. E tem mais: se o grupo for composto por no mínimo 10 pessoas, o Hemocentro disponibiliza ainda transporte gratuito para fazer o trajeto de ida e volta entre a fundação e qualquer ponto do Distrito Federal.
Desde a declaração de pandemia do novo coronavírus pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a Fundação Hemocentro de Brasília adotou medidas de precaução. As rotinas de limpeza e desinfecção das áreas comuns se tornaram mais frequentes e o espaço entre as cadeiras das salas de espera e as da sala de coleta foi ampliado.
O candidato à doação de sangue também precisa se manter atento às orientações preventivas: lavar as mãos com água e sabão, higienizá-las com álcool em gel, manter distância das outras pessoas. Em caso de qualquer sintoma como febre, tosse, irritação ou dor de garganta, não comparecer ao Hemocentro.
Sim! No último dia 9 de maio, a Resolução RDC nº 34/14, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e a portaria nº 158/16 do Ministério da Saúde, foram consideradas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como inconstitucionais e discriminatórias. Ambas as normas impediam a comunidade LGBTQ+ a doar sangue caso tivesse cometido relações sexuais com pessoas do mesmo sexo. A decisão do Supremo, por 7 votos a 4, anulou essas restrições e autorizou de maneira legal a doação de sangue por gays, lésbicas, bissexuais, trans e demais membros abrangidos pela sigla.
Por Felipe Caian Dourado