Estudantes de Nutrição desenvolvem projeto de Educação Alimentar com alunos de Escola Pública do DF

Publicado em 20 de novembro de 2019

Ação é tocada por professoras e já atingiu 60 crianças no primeiro semestre de projeto

Que a saúde alimentar no Brasil não tem sido das melhores, isso muitos de nós já sabemos. Atualmente, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 12,8% da população infantil do país está acima do peso, e cerca de 75% das crianças com sobrepeso têm propensão a se tornarem adultos obesos no futuro. A fim de encontrar um meio de solucionar essa realidade, as professoras Roberta Riquette e Priscilla Ceci, que ministram a disciplina de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) para as turmas de 4º período do curso de Nutrição do Centro Universitário IESB, resolveram sair de sala e ensinar aos alunos de modo prático a reorganizar a alimentação infantil.

Para o projeto, foi escolhida a Escola Classe 35, de Ceilândia e, desde julho de 2019, as turmas, dividas em dois períodos, atuam na escola aferindo peso e altura da criançada, no que Riquette explica ser uma avaliação antropométrica. “Antes de começar qualquer ação de educação alimentar, a gente costuma ir ao local onde as crianças estão para realizar esse diagnóstico e saber qual a situação nutricional delas”, ressalta.

Com cerca de 60 crianças de 5 a 7 anos avaliadas nesse primeiro momento, as turmas, formadas por cerca de 50 alunos do IESB, agora têm a tarefa de criar atividades lúdicas para a criançada. “Quando atingimos as crianças, também atingimos os pais. Vamos mostrar como se alimentar de forma mais saudável, quais alimentos evitar e os malefícios que o consumo recorrente deles podem ser trazidos para a criança”, conta a professora.

Para os alunos que participam do projeto, são disponibilizadas horas complementares e um certificado de participação. Já para as professoras, o tempo investido nas atividades é revertido em hora-aula. “Mas nada paga a gente trabalhar com crianças. É uma experiência incrível. Se envolver com criança sempre é algo prazeroso”, conclui Roberta.

Por Felipe Caian Dourado

Mais notícias