Publicado em 25 de setembro de 2019
O Centro Universitário IESB proporciona a seus alunos oportunidades de ampliar seu contato com o mundo em diversos âmbitos. Uma delas é através de programas de mobilidade acadêmica, dos quais o IESB possui convênios com dezenas de instituições de ensino superior ao redor do mundo. O programa Santander Universidade, um dos patrocinadores dessa proposta, concede bolsas para estudantes do IESB que queiram estudar fora.
Foi assim que Josué Suman, do curso de graduação em Engenharia Elétrica, embarcou no início de 2019 para a cidade de Leiria, em Portugal, onde estudou por seis meses no Instituto Politécnico de Leiria (IPL). Ele nunca havia saído do Brasil, e a oportunidade de morar fora foi uma das maiores motivações do estudante.
Mas Josué não cortou laços com seu país natal, nem com a faculdade. Ele incorporava a equipe de Iniciação Científica do IESB e, mesmo distante mais de 20 mil quilômetros de sua cidade, continuou tocando o projeto. Sob o tema “Estruturas de terceira geração: edifícios inteligentes”, Josué apresentou sua pesquisa na última Jornada de Iniciação Científica do IESB, e também estará presente no Congresso de Iniciação Científica da Universidade de Brasília (UnB), no dia 25 de setembro.
O trabalho baseou-se em pesquisar as características estruturais de um edifício inteligente, eficiência energética, segurança, sistemas de controle, automação e monitorização. Além disso, se empenhou em projetar um edifício inteligente em escala reduzida, incorporando sensores e atuadores no sistema de automação e controle, utilizando o hardware ‘Arduino Mega 2560’. “Foi desafiador, mas muito interessante investigar esse assunto”, conta o jovem de 23 anos.
Quando você se inscreveu no programa, imaginava viver tudo o que viveu?
Quando me inscrevi, tinha em mente que teria o desafio de viver fora da minha zona de conforto durante o período do intercâmbio, longe do conforto da minha casa, das facilidades de comida pronta, das roupas lavadas e tudo mais. Entretanto, entendia que é fora da nossa zona de conforto onde nós crescemos. A realidade foi muito melhor do que esperava. Já digo que nem tudo são flores, mas as experiências positivas superam muito as negativas.
Você nunca havia saído do Brasil. Qual foi a sensação de, logo na primeira oportunidade, passar 6 meses morando sozinho?
A sensação foi de se tornar gente grande, tendo que resolver questões de documentação, cuidar da casa, lavar roupas, fazer comida, fazer as compras observando sempre os preços e épocas de promoção, e em meio às coisas básicas, ainda estudar, viajar, aproveitar os momentos e pessoas ouvindo suas histórias e podendo também compartilhar experiências.
Você recentemente apresentou o artigo elaborado por você e um outro colega, pela Iniciação Científica do IESB. Seu tempo em Portugal ajudou de alguma forma no seu trabalho?
Por meio de parcerias do IPL, fui capaz de realizar uma pesquisa bibliográfica extensa, recolhendo trabalhos acadêmicos de diversas plataformas como IEEE, isso para a elaboração do artigo e TCC. A Instituição também permitiu meu acesso aos laboratórios e o empréstimo de componentes eletrônicos e equipamentos de medição para a realização da parte prática do projeto, o que foi de grande ajuda.
Como você descreve o tempo que morou em Portugal? Fez muitos amigos? Sente falta?
Costumo dizer que tinha saído do Brasil, mas uma parte do meu coração ainda estava aqui. Agora que voltei, digo que estou no Brasil, mas um pedaço do meu coração ficou em Portugal, com os que se tornaram amigos, irmãos e família. Já é enorme o desejo de reencontrá-los. É como se nos conhecêssemos a toda uma vida. E queria poder apresentá-los todos à minha família. Mas cada coisa no seu tempo, acredito que as oportunidades virão.
O que você sugere para os alunos que vão agora para lá? Quais dicas você dá pra quem vai viver o que você viveu?
A sugestão da minha parte é a mesma tanto para aqueles que vão quanto para aqueles que ficam, aproveitem ao máximo cada oportunidade e cada momento com as pessoas, não se acomodem e esmerem-se em conhecer, crescer e compartilhar. Isso é para os estudos, para o meio profissional, para os relacionamentos, enfim, para tudo o que vivemos no intercâmbio.
Você pode ler o banner apresentado por Josué nos congressos de Iniciação Científica do IESB e da UnB: clique aqui.Por Felipe Dourado