Pais, saibam como ajudar seus filhos na volta às aulas

Publicado em 11 de fevereiro de 2019

Processo pode ser estressante para a criança, mas dicas da Psicologia podem ajudar

Processo pode ser estressante para a criança, mas dicas da Psicologia podem ajudar

Voltar para a escola após o período de férias pode ser um processo estressante para as crianças. A mudança de colégio, professores e até colegas pode causar distúrbios no comportamento do estudante como crises de choro, birras e até alterações no sono. Os pais, porém, podem amenizar esse processo e tornar mais suave a transição com algumas dicas da Psicologia.

“As mudanças, de forma geral, só podem ser percebidas como algo ameaçador”, conta Graziela Furtado Scarpelli Ferreira, coordenadora do curso de Psicologia do Centro Universitário IESB. “Pode ser que o amiguinho do ano passado não esteja mais na turma. Há também a expectativa de quem será o novo professor”, continua.

Segundo Graziela, as mudanças podem ser entendidas pela criança como um erro. É comum o estudante pensar que está na turma errada, no lugar errado e isso gera um desgaste emocional. Por isso, os pais devem estar atentos aos sinais de estresse.

“A criança pode se recusar a ir para a escola, chorar muito, alterar o padrão de sono, mostrar dificuldade de fazer tarefas em casa que antes ela fazia, fazer xixi na cama e até pedir para voltar a usar fralda ou chupeta, no caso das menores”, diz Graziela. “São mudanças e respostas emocionais em padrões de comportamento que já estavam bem formados”, completa.

Em vez de brigar com os filhos por causa do comportamento errático, os pais devem ser compreensivos e tentar entender a causa do estresse. Se há uma mudança de hábitos, pode haver uma resistência da criança em relação à nova rotina. É importante que os pais ouçam, acompanhem e abram um diálogo inclusive com a escola, já que eles também podem ajudar a suavizar a transição.

O processo começa antes do ano letivo. “Uma das coisas que recomendamos é que os pais levem a criança para conhecer o colégio antes da matrícula, tanto o espaço físico como os professores”, diz Graziela. “Isso ajuda a diminuir a ansiedade. Também é importante mencionar as professoras e colegas nas conversas dentro de casa. Por exemplo, ‘ah, fulana vai dar aulas para você este ano, ela é ótima!’ ou ‘o fulaninho está na mesma turma que você’”, continua.

Finalmente, os pais precisam estar calmos e liderar o processo de volta às aulas. “Em muitos casos, a criança pode lidar melhor com a mudança do que seus pais. Se eles transmitem para ela ansiedade, a mudança passa a ser vista pelo filho como algo a ser temido”, completa Graziela.

Re9 Comunicação

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