Publicado em 20 de maio de 2021
IESB é a primeira instituição de ensino do Distrito Federal com toda a documentação validada no Conselho. A novidade permitirá a esses profissionais a emissão de Anotações de Responsabilidade Técnica e mais segurança aos trabalhos realizados
Os designers de interiores da capital estão oficialmente aceitos no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF). A conquista é resultado de um movimento que se intensificou desde a regulamentação da profissão, em 2016, e trará muitos benefícios. Entre eles, permitirá a esses designers a emissão de Anotações de Responsabilidade Técnica (ART), documento que comprova, em termos legais, a capacidade técnico-profissional; e também a fiscalização do Conselho da atividade profissional, evitando que leigos desempenham serviços relativos à área.
Neste primeiro momento, o registro dos formados em Design de Interiores junto ao Crea-DF será realizado como Tecnólogo em Edificações, título mais próximo existente na tabela do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
Para o registro profissional, é necessário que o curso esteja cadastrado no Crea-DF e o Centro Universitário IESB já têm essa autorização. “O IESB é a primeira instituição de Brasília com toda a documentação já analisada e validada no Crea-DF. É só os nossos egressos fazerem a inscrição e já estão dentro do Conselho para fortalecer a atuação deles”, comemora a coordenadora de Arquitetura e Design de Interiores do Centro Universitário IESB, Larissa Cayres.
Ela reforça a importância da conquista. “Estar inserido em um conselho fiscalizador oferece uma credibilidade muito grande à profissão e poder emitir uma ART faz toda a diferença. Ela é a comprovação, em termos legais, da capacidade técnico-profissional, formalizando o compromisso com a qualidade dos serviços prestados”, afirma Larissa. “Outro ponto importante é que a partir do momento em que o designer registra um projeto do Crea, ele passa a ser o autor desse projeto e seu acervo técnico vai crescendo, podendo participar ainda de licitações e concursos públicos, o que antes não podia. Para isso, antes, o designer tinha que fazer sociedade com algum arquiteto ou engenheiro e quem ficava com a autoria desses projetos eram esses profissionais. Ou seja, com o credenciamento no Crea, ganham todos: a sociedade porque os projetos passam a ser fiscalizados; o profissional, que passa a trabalhar com mais segurança; e a instituição de ensino porque o curso também passa a ser mais valorizado”, completa Alex Rosa, professor do curso de Design de Interiores do IESB.
O trabalho do IESB na conquista
A professora Larissa destaca o longo caminho e a importância do IESB para a conquista do credenciamento no Conselho. “Em dezembro de 2016 houve a regulamentação da profissão de design de interiores. Então, logo em seguida, demos entrada nos documentos dos cursos do IESB junto ao Crea-DF e foi um longo trabalho, de muitas reuniões entre o Crea-DF, o Confea e Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD), para que o Conselho entendesse, de fato, as atribuições dessa profissão”, afirma a coordenadora.
Ela explica que as funções do designer de interiores estão relacionadas às intervenções dos espaços construídos, mas não se resumem somente à decoração, acabamentos e adornos. “Ele atua dentro de um espaço edificado, da natureza que ele for, com todas as especialidades que a área permite, desenvolvendo soluções internas para a melhoria da qualidade dos usuários. Ou seja, podem reformar tudo o que não for estrutural. Podem mexer nos acabamentos e na reformulação das instalações, por exemplo”, afirma a professora ao destacar ainda o fortalecimento da área. “Nossas expectativas agora é mais reconhecimento no mercado de trabalho e, com o tempo, acabar com essa cultura de competição. Precisamos entender que os arquitetos, engenheiros e designers de interiores estão ligados e se completam. Cada um dentro de suas atribuições e habilidades, ninguém tomará o espaço de ninguém. É um trabalho colaborativo, em equipe. É essa visão de mercado que precisamos fortalecer sempre”, afirma a professora Larissa.
Alunos também comemoram
A novidade também traz mais confiança aos estudantes. “O nosso curso de Design de Interiores no IESB começou em 2007. Fomos o primeiro na capital federal e até hoje nos mantemos no mercado, formando, anualmente, cerca 100 profissionais, entre os cursos presencial e o EAD híbrido. O nosso estudante sabe que ele está em um curso reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), que agora tem um Conselho que o apoia, e mais: que ele está em uma instituição, com coordenadores e professores, que estão sempre do lado deles”, conclui a coordenadora de arquitetura e design de interiores do Centro Universitário IESB.