Comunicado 8: Resultados dos pedidos de auxílio financeiro

Publicado em 3 de abril de 2020

Nosso entendimento foi de que era nosso dever oferecer um auxilio temporário a todos aqueles que poderiam ser impactados por essa grave crise

Brasília, 3 de abril de 2020

Conforme divulgado amplamente desde 11 de março, em especial para os nossos estudantes, professores e funcionários, adotamos inúmeras medidas para nos adaptarmos à determinação de distanciamento social decorrente da pandemia do novo coronavírus. Tais medidas foram tomadas de maneira organizada e bastante discutida nos colegiados superiores do IESB, respeitando em completo as orientações e normas do Ministério da Saúde, do Governo do Distrito Federal, do Ministério da Educação e do Conselho de Educação do Distrito Federal.

Durante a primeira semana de suspensão das atividades nos câmpus realizamos inúmeras reuniões acadêmicas e administrativas. O nosso objetivo era viabilizar a adaptação dos planos de ensino para atividades remotas, sempre com o pressuposto do ensino de qualidade, além de preservar ao máximo a realização das aulas como estavam previstas antes da paralisação. Já estamos na segunda semana dessas atividades em todos os nossos cursos e no colégio, com resultados, segundo a avaliação dos estudantes e professores, satisfatórios, principalmente, considerando que estamos vivenciando uma situação sem precedentes na história da sociedade e da educação em nosso país.

Ao mesmo tempo que nos preparamos para atuar no aspecto pedagógico e administrativo, percebemos que tal situação poderia trazer graves consequências financeiras e econômica aos nossos estudantes. Com esse entendimento agimos prontamente e criamos um canal virtual de auxílio financeiro para os nossos estudantes. Nosso entendimento foi de que era nosso dever oferecer um auxilio temporário a todos aqueles que poderiam ser impactados por essa grave crise.

Nos reunimos algumas vezes para entender o que poderia ser feito diante de nossa reserva de caixa e um novo orçamento contingenciado para que todos os estudantes completassem o semestre. Consideramos diversos cenários de queda de receita que poderíamos suportar sem que precisássemos tomar alguma medida drástica com relação aos empregos e compromissos que possuímos. É importante ressaltar que também levamos em consideração as economias que teremos com o fechamento dos nossos câmpus, como água e luz, o que representam cerca de 4% de nossas despesas gerais.

Assim, os auxílios foram classificados em três tipos de situação, para a nossa graduação presencial e colégio:

Situação I – Pessoas que perderiam suas rendas por completo com as medidas de distanciamento social;

Situação II- Pessoas que teriam um forte impacto, mas ainda teriam alguma renda familiar;

Situação III – Pessoas que teriam pouco impacto ou que encontrariam dificuldade para comprovar seus relatos.

Essa compreensão nos levou a elaborar três tipos de descontos para a mensalidade líquida dos estudantes na graduação presencial e no colégio:

I. 50% na mensalidade de abril e 90% nas de maio e junho;

II. 30% na mensalidade de abril e 60% em maio e junho;

III. 10% para os três meses.

OBS. Metodologia semelhante com diferentes níveis de desconto foi utilizada para os estudantes da graduação EAD e da pós-graduação presencial.

A nossa principal intenção com essa metodologia foi direcionar o auxílio financeiro, de uma forma justa para quem de fato foi impactado pelas medidas. Para que tais ações fossem efetivas e justas, solicitamos documentos que comprovassem os relatos e justificativas dos pedidos anexados aos requerimentos de desconto.

Até quinta-feira, dia 2 de abril, tínhamos analisado 2.425 pedidos. Desses, 1.493 foram aprovados. Contudo, apenas 373 desses aprovados foram descontos na maior faixa, sendo 1.115 descontos na faixa III.

Hoje nós entendemos que falhamos na divulgação e explicação de como funcionaria a concessão de auxílio financeiro, já que a grande maioria dos descontos foi concedida não porque as pessoas tiveram um baixo impacto em suas rendas, mas porque ao relatar casos em que a perda era grande ou quase total, não anexaram nenhum tipo de documento que suportasse o relato. Por isso, estamos nos esforçando ainda mais para esclarecer as maneiras pelas quais os pedidos de auxílio financeiro podem ser melhor relatados e justificados. Nossa necessidade é que os relatos de impacto na renda do estudante ou seu grupo familiar sejam comprovados. Isso pode ser feito através de documentos que comprovem o tipo de renda, como um extrato bancário, ou por quaisquer outros documentos que suportem o relato feito no pedido, como fotos, declarações, atestados médicos, etc. O ideal é que sejam anexados todos e quaisquer arquivos que suportem o relato.

Nós estamos confiantes que essa maneira de tratar os descontos nas mensalidades é muito mais eficaz do que qualquer medida que imponha descontos lineares para todos os estudantes, sem considerar a necessidade de cada um. Acreditamos que algo assim prejudicará quem mais precisa e, dependendo do tamanho do desconto geral, comprometerá de maneira drástica nosso planejamento orçamentário. Independente disso, cumpriremos todas as medidas editadas pelos diversos órgãos competentes.

Acreditamos que devemos ajudar todos os estudantes que querem terminar este semestre letivo. Os tempos são de calamidades sem precedentes na nossa história e todos seremos cada vez mais impactados. Nosso esforço é no sentido de estarmos unidos nesse momento até que finalize, sem que nenhum estudante sinta-se desamparado ou excluído da sua sala de aula.

A Reitoria

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