Publicado em 27 de maio de 2020
Em meio ao cenário de pandemia causado pelo Coronavírus, uma temática tem sido amplamente debatida nos ambientes profissional e acadêmico: o teletrabalho. Muitas empresas têm aderido a esse método para manter as atividades e reduzir os efeitos negativos da quarentena e do isolamento social. Incentivado pela atual circunstância, dos contratos de trabalho dentro da era digital, o mestre em Direitos Sociais e Processos Reivindicatórios no Centro Universitário IESB, Emerson Marialva de Jesus defendeu, como dissertação, a pesquisa “Teletrabalho: a nova formologia do trabalho na era digital”.
“As empresas tiveram que evoluir 20 anos em 2 meses, sendo que as possíveis sobreviventes nesse processo serão as que se atentarem para essa mudança na forma de entrega do trabalho”, defende o pesquisador.
Segundo Emerson, o ponto de partida é reconhecer que existe uma nova forma e um novo olhar para essa metodologia. “Alguns aspectos como a questão da infraestrutura existente na residência do empregado, o possível ressarcimento dos gastos com a tecnologia, o horário de trabalho e uma métrica para monitorar as entregas são fundamentais para a evolução e a maturidade das relações de trabalho”, ressalta.
Como produto final, a pesquisa ainda entrega uma análise sobre dados colhidos junto a teletrabalhadores de uma empresa pública, propondo alterações na regulamentação interna acerca do tema. De acordo com o pesquisador e orientador da dissertação, Augusto Cesar Leite de Carvalho, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST-DF), o estudo aparece num momento oportuno. “Temos em vista, sobretudo, a deficiência da legislação: a reforma de 2017, a pretexto de regulamentar o teletrabalho, se remeteu ao contrato individual, e não copiou sequer o que havia de avanço em outras leis trabalhistas europeias, por exemplo”, argumenta.
O trabalho foi apresentado recentemente, como defesa de banca para o Projeto de Qualificação, espécie de “TCC”, para a titulação no Mestrado Profissional.
Visando atender as demandas do mercado profissional, o IESB possui duas especializações na titulação de Mestrado em Direitos Sociais e Processos Reivindicatórios e Gestão Estratégica de Organizações. Ambos são ofertados na modalidade presencial.
Por Felipe Caian Dourado