Publicado em 1 de fevereiro de 2021
No 5° semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo temos os alunos Ângelo Souza, 22 anos, e Fabrício Rodrigues, 39 anos. Ângelo desenvolveu seu hobby nos fundamentos da mecânica de motos, e acrescenta que o início da atividade se deu por conta de necessidade e também na vontade de trabalhar o seu lado artístico. Para ele, o curso de arquitetura influenciou através do desenho técnico. “Apesar de não estar diretamente relacionado ao meu hobby, como eu já tenho uma base em desenho técnico eu comecei a fazer desenhos da minha moto, a desenvolver algumas carenagens e pinturas para a carenagem”, comenta.
Já para Fabrício, a influência veio diretamente de um ponto de vista artístico do curso. Escrevendo poesia desde os tempos da adolescência, ele conta que a quarentena abriu os seus olhos para novas questões, como as relações humanas. “O curso aumentou ainda mais a minha curiosidade e qualificou a minha observação. Desde o início ficou muito bem clara a ideia de que um edifício conta uma história e pode marcar o tempo, ou seja, de certa forma, um edifício é uma poesia” relata.
Para Isabela Mota, 26 anos, que estudou Publicidade e Propaganda, o artesanato foi a solução. “Eu sempre gostei muito de trabalhos manuais e sempre fiz várias coisas, mas na quarentena eu senti necessidade de ter uma atividade que não fosse ligada à internet, que desse para usar a criatividade e relaxar também”. Para ela, ingressar no curso de Publicidade já foi uma iniciativa em busca de trabalhar com criatividade e criação de forma geral, sendo essa a principal fonte de influência no seu hobby.
As alunas do 5° semestre do curso de Cinema e Mídias Digitais Ana Gabriela Miranda e Júlia Medeiros são impactadas com a arte através de filmes e projetos audiovisuais. Com o tempo livre, Ana Gabriela de 20 anos passou a produzir colagens e usá-las como conteúdo em vídeos autorais. Segundo ela, a estética e a direção de arte são as fontes de ensino. “Minhas inspirações vêm muito da questão da paleta de cores e o tema que quero abordar. No cinema estudamos muito sobre como a paleta de cores do filme pode influenciar como as pessoas se sentem em frente as cenas. Isso me deu uma certa amplitude na hora de produzir as colagens”, comenta.
Júlia Medeiros de 20 anos optou pela arte da pintura, atividade que já fazia antes e que foi potencializada com a quarentena. A aluna revela que assistir a cenas icônicas é a sua inspiração. “Eu vejo um filme que eu gosto e tiro muitas cenas icônicas. Eu eternizo um papel que vai ficar para sempre no meu quarto e no meu coração também. Posso dizer que a quarentena me deu uma perspectiva diferente no que eu poderia pintar”.
Por Ana Cristina Morbach