Publicado em 20 de julho de 2022
Dissertação desenvolvida no curso de Mestrado Profissional do IESB aponta estratégias de sucesso para a inovação nas organizações. “O uso de dados para a tomada de decisão é hoje um dos principais desafios”, diz o estudo
Não acompanhar as mudanças é um grande perigo para qualquer negócio e isso não é um problema atual. A frase atribuída a Charles Darwin – “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças” – nunca fez tanto sentido nos últimos anos, diante da rápida evolução tecnológica. Mas como desenvolver a inovação dentro da empresa? Como o líder deve atuar e conduzir a equipe neste processo de transformação digital?
Essas foram as perguntas chaves da dissertação de Wendell Maurício de Lima Queiroz, durante mestrado no curso de Gestão Estratégica de Organizações, no Centro Universitário IESB. Em sua pesquisa, “O papel da liderança na implementação da transformação digital em empresas tradicionais”, ele analisou o cenário de oito organizações do DF que nasceram antes dessa era digital e hoje estão atravessando o processo de inovação com as novas tecnologias.
“A transformação digital está permeando tudo na nossa vida. Estamos falando de internet das coisas, robotização, inteligência artificial e todo este cenário tecnológico que está provocando nas organizações mudanças profundas. E as empresas que não se adaptarem a esta transformação estão fora. Se você não está presente na internet hoje, logo será esquecido”, destaca Wendell.
Segundo ele, falar sobre inovação é pensar estrategicamente toda a cultura organizacional do negócio e o processo de mudança deve ser iniciado pela liderança. “A empresa não consegue fazer o processo de transformação se ela não começar pelo líder. Além disso, tem que ser um processo diário, contínuo e autêntico. Não pode ser forçado. A liderança tem que dar liberdade para as pessoas pensarem diferente e ouvir novas ideias. Muitas vezes, é esta diversidade ou até o choque de gerações, por exemplo, que vão fazer essa cultura organizacional se mover para frente”, explica o pesquisador.
Em sua pesquisa, Wendell aplicou três correntes de análise para avaliar este movimento: uma na área de pessoas, outra na área de tecnologia e outra em gestão. Esse conjunto de ideias e teorias o possibilitou desenvolver um arcabouço teórico no qual mapeou, nas organizações estudadas, um grau de maturidade para implementação de transformação digital com resultados práticos. “Não existe uma receita pronta. Existe um processo evolutivo e adaptativo, que a empresa tem que dar passos”, reforça o egresso do IESB.
Entre os principais desafios para a transformação digital nas empresas, Wendell destaca o uso de dados para a tomada de decisão. “As novas tecnologias estão gerando uma enorme quantidade de dados que precisam ser aproveitados pelas organizações. Por exemplo, toda vez que o consumidor entra em um site para pesquisar um produto, isso gera informações que dizem muito sobre ele. Com esses dados, por meio da tecnologia que temos hoje, é possível diagramar, criar estatísticas e captar informações valiosas para o processo estratégico de serviços. No entanto, eu notei que as empresas analisadas ainda estavam em estágio inicial no uso de tecnologias para esse tipo de informação. Elas têm noção da importância deste processo, mas ainda estão descobrindo como fazer”, explica o especialista.
Segundo Wendell, outra armadilha é tentar colocar uma ferramenta de mercado na empresa apenas por modismo. “É preciso ter planejamento sobre como essa tecnologia vai agregar na organização, se ela vai gerar valor e como as pessoas vão lidar com a ferramenta. Por isso, não ter uma liderança efetiva e preparada para conduzir essa transformação acaba gerando um problema, em vez de solução”, reforça Wendell ao orientar sobre a importância de o líder estar aberto à novas ideias ao propor fazer essa virada de chave tecnológica. “Lideranças mais permeáveis, abertas para o novo e que permitem debater ideias, têm mais sucesso. As novas escolas de gestão de pessoas também pregam muito isso. Lideranças autocráticas dificilmente prosperarão”, conclui.
Teoria e prática juntas
Diretor corporativo da Brasal, Wendell avalia o quanto a pesquisa desenvolvida em seu curso de mestrado profissional o auxilia na prática. “A proposta que eu encontrei no IESB foi aliar o estudo acadêmico ao ambiente empresarial. Eu tinha o objetivo de levar o que aprendesse para prática e a metodologia da instituição me permitiu fazer isso. Eles trouxeram tudo de mais moderno atualmente, o que me possibilitou melhor abertura para o conhecimento. Vi ainda uma preocupação dos professores de nos provocar a pensar diferente. E isso era o que eu estava buscando. Eu não queria fazer um mestrado acadêmico. Eu queria entregar algo útil para a minha organização, que sempre me incentivou”, conta o egresso ao compartilhar sua experiência na pós-graduação.
“Empresas que buscam a inovação precisam saber como olhar para o futuro. E, dentro desse contexto, o curso de Gestão Estratégica Organizacional do IESB me possibilitou estudar, aprofundar o tema e trazer uma linha de pesquisa que fosse interessante, tanto para a empresa que trabalho, quanto para a sociedade”, conclui o pesquisador.
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