Publicado em 8 de julho de 2019
O curso de Arquitetura do Centro Universitário IESB lançou a revista digital Carteira de Projetos. Com a participação de 35 alunos do 8º e 9º semestres, e orientação do professor Orlando Vinicius Rangel Nunes, o projeto traz diagnósticos e propostas regionais, projetos urbanos, teorias e conceitos, técnicas de mapeamento, base de dados e cartografia de regiões precárias do Distrito Federal.
O objetivo da revista é divulgar o conhecimento em planejamento urbano-regional e urbanismo, com propostas de intervenção na cidade elaboradas pelos alunos do IESB, por meio das disciplinas de “Planejamento Regional e Urbano 2” e “Urbanismo e Paisagismo 3”.
De acordo com o professor responsável pelas disciplinas, Orlando Nunes, inicialmente a intenção foi colocar os alunos em contato com a realidade da questão urbana das cidades do DF. “Utilizamos como pretexto as áreas precárias do Distrito Federal que contribuíram para posicionar nossa metrópole dentre maiores déficits habitacionais relativo (em 2012 chegou a 12,3%). Buscou-se pensar uma solução que respeitasse a história dessas comunidades e melhorasse suas condições de habitabilidade e integração ao tecido urbano”, explica. “Para isso, foi necessário convergir os alunos em uma proposta consistente de intervenção na cidade e, por isso, todas as propostas apresentadas neste volume têm um vínculo programático e teórico”, complementa.
O professor ainda pontua que o trabalho do urbanista envolve atuar em equipe. “O volumoso esforço para responder as demandas das nossas cidades exige uma equipe coesa e não competitiva. A produção da Revista permite que toda a turma se envolva em um projeto único, desenvolvendo a habilidade da cooperação não competitiva”, destaca.
As propostas apresentadas nesta, que é a 3ª edição, busca diagnosticar os problemas urbanos e regionais nas áreas precárias das cidades e lançar luz às possibilidades de intervenções. “A escolha das áreas foi motivo de um dia inteiro de debates. Primeiramente vimos quais as condições de precariedades nas cidades brasileiras e qual o impacto dessa situação no cotidiano dos habitantes. Selecionamos categorias analíticas que interferem na qualidade do ambiente urbano (utilizou-se como base os fatores determinados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional no campo da habitação) e a partir de técnicas de geoprocessamento fizemos um mapa com as Regiões Administrativas mais precárias do DF. Os alunos, então, selecionaram dentre as áreas previamente mapeadas qual gostaria de diagnosticar aprofundadamente, para intervirem”, explica.
Sobre a Revista
A iniciativa começou no primeiro semestre de 2018, com a revista piloto apenas em versão impressa. No segundo semestre de 2018 a publicação foi revertida em eletrônica, em uma experiência piloto na disciplina de Urbanismo e Paisagismo 3. Este 1º semestre de 2019, a revista foi ampliada para mais disciplinas de Urbanismo do curso e acrescentada o referencial teórico que embasa as propostas. Para o próximo semestre, o objetivo é dar continuidade, pontuar melhorias e com novas áreas precárias ainda não pesquisadas ou insuficientemente detalhadas.
Para conferir a revista, clique aqui.