Publicado em 22 de dezembro de 2020
Os cursos híbridos têm a finalidade de proporcionar ensino pela combinação entre virtual e presencial, transmitindo conhecimento a distância sem perder a interação olho no olho entre aluno e professor. Com a pandemia, a modalidade virou a nova tendência e a reportagem do IESB conversou com os coordenadores dos cursos híbridos de Publicidade e Propaganda, Nutrição e Educação Física, para entender como a modalidade funciona e quais são os desafios, além de esclarecer detalhes importantes sobre o formato de ensino
Com a teoria e a prática juntas, as graduações têm disciplinas remotas, além de encontros presenciais e atualmente síncronos, que ocorrem a cada 15 dias. Segundo o coordenador do curso de Nutrição, Guilherme de Oliveira, o ensino híbrido é uma boa alternativa para ensino superior porque ele alinha o que há de melhor do EaD com o que há de melhor do presencial, as práticas. “Falo isso porque hoje nós temos uma população relativamente ativa, mais ativa do que nós tínhamos no século passado. Temos muitas pessoas que já trabalham, que cuidam das suas casas, têm inúmeras atividades ao longo do dia e, mesmo assim, têm um sonho, que é estudar aquilo que ama. Quando tenho uma boa plataforma de ensino a distância, com conteúdos selecionados e um tutor presente que tire dúvidas, eu, aluno, consigo adaptar a minha rotina para conseguir estudar aquilo que eu desejo”, pondera o especialista.
Para o professor do curso de Publicidade e Propaganda, Daniel Farias, o aluno virou o protagonista, com a capacidade de enxergar o ensino como uma nova oportunidade de buscar conhecimento, com disciplina e organização. “Hoje nossos alunos são muito mais preparados do que eu era quando universitário, e eu era muito mais preparado do que o meu pai era e por aí vai. A educação tem se transformado como tudo na vida, na sociedade ao longo dos anos. O ensino híbrido, remoto ou a distância coloca o aluno como centro do processo”, justifica.
O coordenador do curso de Educação Física, Sérgio Avelino, garante que o aluno que opta pelo ensino híbrido não terá nenhuma desvantagem quando comparado ao ensino híbrido, e ousa dizer que o estudante pode ter vantagens no mercado de trabalho futuro. “Estamos aprendendo a lidar com uma nova realidade e acho que o curso híbrido traz essa realidade para a vida do aluno, ele passa a entender os dois cenários, do on-line e do presencial e a como desenvolver isso”, explica.
Ainda segundo Sérgio, os alunos do híbrido têm ainda os mesmos direitos dos alunos que se formaram no curso presencial; mesmo reconhecimento no MEC e no Conselho de Educação Física, além das mesmas oportunidades no mercado de trabalho. “Talvez esse alunos tenham entendimento diferente da realidade do presencial porque se adaptaram ao sistema on-line mais facilmente, e o mundo hoje é on-line”, alerta o professor.
Por Ana Cristina Morbach