Publicado em 21 de agosto de 2020
Vitória Alice Silva, 20 anos, aluna de Jornalismo, começou a estagiar cedo. Ela está no 4° semestre do curso, mas já acumula a experiência de três estágios. A jovem trabalhou em uma assessoria de imprensa, na área de marketing digital, e, atualmente, está na redação de um jornal. “A importância do estágio é o negócio da experiência. De ter experiência para no futuro, quando você se formar e for exercer sua profissão, e já saber um pouquinho de tudo, né, um pouquinho de cada área que você pode trabalhar, ainda mais jornalista, que tem várias opções no mercado de trabalho, não faz só uma coisa”, observa.
A jovem conta ainda que cada um dos estágios trouxe uma experiência diferente. No primeiro, a rotina era 8 ou 80. “Ou era muita correria em um dia, ou eu não fazia nada”, lembra. No segundo, tudo foi tranquilo, sem muitas demandas, e com carga horária de três horas. Agora, dentro de um jornal, Vitória tem se desdobrado para dar conta de tudo. “É correria direto, o tempo inteiro. Me mandam várias demandas por dia e eu preciso dar conta disso tudo em seis horas, correr atrás de personagem… Então, para resumir como é estagiar: é uma maratona, é sensacional”, comenta.
Egressa de Publicidade e Propaganda, Kamilla Borges, 26 anos, explica que os estágios que teve ao longo do curso foram imprescindíveis para conseguir um bom emprego e estar hoje atuando no mercado de trabalho. Segundo a publicitária, as oportunidades a fazem colher frutos até hoje. “Eu fiz contatos com pessoas grandes, que até hoje me dão trabalhos de freelancer e me convidam para trabalhar com eles sempre que possível”, conta.
Foram tantas histórias nesses tempos de estágio, no entanto, uma a Kamilla lembra com graça. “Colocaram eu e meu amigo, que era dupla de criação comigo, e outro amigo, que era do Jornalismo, para apresentar uma live de resultado de sorteio. Eu fiquei super nervosa e errei tudo, me atrapalhei toda e passei vergonha. Na época, tinha o meme do “levanta a cabeça, princesa, se não a coroa cai”, aí fui inventar de fazer piada com isso com quem não tinha ganhado o sorteio, me atrapalhei com o nervosismo e falei “levanta a coroa, princesa, se não a cabeça cai”. Foi horrível”, recorda.
Entre erros e acertos, o que resta é o aprendizado. “Estagiar me ajudou a evoluir como profissional, a sentir na pele como de fato é um departamento de marketing, e as agências de publicidade. Eu acredito que é um complemento do que aprendemos na sala de aula e, sinceramente, aprendemos muito mais, pois as vivências do dia a dia são diferentes da teoria. Agora, que me formei, me sinto preparada para enfrentar o mercado de trabalho, pois aprendi muito, tanto na sala de aula quanto nas minhas experiências profissionais”, afirma Kamilla.
O exercício do estágio foi regulamentado por lei em 25 de setembro de 2008. A Lei do Estágio determina que a carga horária deve ser de no máximo 30 horas semanais, que não há vínculo empregatício entre empregador e estagiário, e atuação não pode ultrapassar dois na empresa.
Neste primeiro semestre de 2020, de acordo com dados do NAADE, mais de 2 mil alunos declararam que estavam estagiando. Segundo o especialista em programas de estágio no DF Eduardo Líniker, investir nessa mão de obra é a aposta do momento para a retomada gradativa da economia.
O especialista afirma que a contratação de estagiários é uma alternativa para fomentar ainda mais o crescimento das empresas. A atividade é também uma oportunidade do estudante colocar a mão na massa e ganhar experiência para o mercado de trabalho.
Por Isadora Mota
Com informações de Vitórian Tito