Professores de Desing de Moda incentivam o empreendedorismo

Publicado em 9 de outubro de 2020

A iniciativa é para colaborar com o crescimento do setor, fortalecendo o polo de moda em Brasília, além de abrir oportunidades para mais profissionais

Ao decidir ingressar no curso de Design de Moda, a estudante Fernanda Ramos Pimenta, 22 anos, se deparou com alguns questionamentos sobre a importância da área para a sociedade. Depois de refletir e investigar diversos pontos ligados ao mundo da moda, chegou a uma conclusão: “Moda não é apenas a roupa que está no cabide. É um estudo, é algo que envolve toda uma questão política e social.”

A aluna diz que muitas pessoas consomem moda, mas poucas entendem sobre o tema e, por questões ambientais, sociais e políticas, o debate sobre o campo se torna cada dia mais necessário. “Estamos passando da fase de apenas produzir por produzir. O design tem como princípio solucionar algo e está, neste momento, exercendo seu papel de uma solução honesta”, explica.

Segundo a coordenadora do curso, Maísa de Oliveira, é necessário entender que há um amplo significado no que vestimos. As vestimentas são símbolos que indivíduos ou grupos utilizam para criar identidades, influenciar comportamentos e se expressar. “Moda é um fenômeno cultural e que se comunica o tempo todo e tem grande relação entre corpo, estilo de vida e comportamento”, conta.

Sobre o curso

Ainda de acordo com a coordenadora, o estudante de moda deverá se preparar para um curso de muita prática e menos teoria. A graduação que tem duração de dois anos prepara para o desenvolvimento de projetos de criação de moda, pesquisas de tendências e metodologias criativas, figurino, comunicação visual, direção de arte e organização de eventos de moda, gerenciamento de confecções e fábricas, desenho técnico e artístico de vestuário, capacitando os formados para transitar por áreas distintas do setor.

Ao longo dos quatro semestres são oferecidas atividades complementares com participação de nomes do mercado da moda local e nacional. A formação conta com laboratórios especializados e espaços criativos, amplos para discussão, onde o aluno desenvolve pensamento crítico e habilidades diversas. Todos esses fatores contribuíram para a nota 5 recebida na avaliação do Ministério da Educação (MEC).

Mercado de trabalho

Maísa diz que o mercado de moda sofreu consequências com a pandemia, mas vem se recuperando aos poucos. “Nós, professores do IESB, temos incentivado nossos estudantes a empreenderem para que o setor volte a crescer e dê oportunidades para profissionais criativos e também com conhecimentos em gestão. Sabemos que Brasília não é um polo de moda, mas podemos mudar essa realidade”, finaliza.

A formação abre portas para um mercado que oferece amplas áreas de atuação. O tecnólogo em Design de Moda está capacitado para projetos de criação para a indústria da moda, visual merchandising, figurinista, estamparia, consultoria para grandes lojas, personal stylist, entre outras. Segundo a professora, a cadeia produtiva da moda oferece espaço para todo tipo de habilidade e está sempre precisando preencher novas vagas. A média salarial pode variar de acordo com o tempo de atuação e o porte da empresa. Segundo o site Guia da Carreira, o ganho inicial varia de R$ 1.300 a R$ 2.200.

Por Isadora Mota

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