Publicado em 6 de agosto de 2020
O Ensino a Distância (EaD) é uma modalidade de educação e aprendizado que vem ganhando cada vez mais espaço e aceitação da sociedade nos últimos anos. Com a rápida evolução tecnológica, a alternativa de ensino, que hoje utiliza plataformas on-line para acontecer, conquista um número crescente de estudantes ao redor do mundo.
O Censo da Educação Superior 2018 registrou 7,1 milhões de vagas no EaD, enquanto os cursos presenciais contabilizam 6,3 milhões. O levantamento realizado, anualmente, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revela ainda que, entre os 3,4 milhões de estudantes que ingressaram em cursos de graduação em 2018, 40% (1,4 milhão) optaram por cursos EaD. Já entre os que iniciaram cursos presenciais, houve queda no número total de ingressantes, entre 2017 e 2018.
Ao contrário do que muitos imaginam, essa forma de ensino não é criação recente. Lá em 1728, nos Estados Unidos, apareceram os primeiros registros do que viria a se tornar o EaD. Um professor de Boston, Caleb Phillips, anunciou em um jornal da cidade, um curso de Taquigrafia que aconteceria por correspondências.
No Brasil, a novidade chegou séculos mais tarde, em 1900. A modalidade acompanha tendências e não é restrita a internet. O rádio, televisão, slides, produtos audiovisuais, vieram muito antes do on-line.
Os boatos relacionados aos cursos a distância são muitos. Apesar de estar quebrando os estigmas que o cercam, ainda há muita resistência. Mas, você sabe o que é mito e o que é verdade de tudo isso que muita gente fala?
Convidamos os coordenadores dos cursos EaD de Gestão Pública e CST em Recursos Humanos, Riezo Silva e André Lacerda, para sanar as dúvida e acabar de uma vez por todas com os preconceitos acerca do ensino a distância.
O profissional que se formou em curso EaD têm menos oportunidades no mercado de trabalho?
MITO!
Pelo contrário. Por exemplo, o aluno da educação a distância têm mais autonomia, o professor não tem que ficar falando sobre que dia é a prova, ou coisa do tipo. Então, hoje, o mercado de trabalho busca pessoas que estudaram a distância, tendo em vista essa autonomia em resolver as tarefas e fazer sua própria rotina.
Não existe interação social no EaD?
MITO!
Os alunos interagem nos fóruns de discussão. Eles funcionam como timelines onde os posts desencadeiam debates e discussões. Outro recurso didático muito utilizado no EaD é a videoaula, webconferência ou encontro virtual. Nelas, o professor pode realizar enquetes, abrir questionamentos e, dependendo, pode abrir as participações ou selecionar participantes para exposições orais.
A carga horária dos cursos EaD é a mesma dos cursos presenciais?
VERDADE!
A carga horária é de 100 horas nas disciplinas EaD, e corresponde a mesma carga horária das disciplinas presenciais. Inclusive, pode haver portabilidade entre elas, ou seja, se você faz uma disciplina presencial, você pode fazer o aproveitamento dessa disciplina em um curso EaD.
A qualidade do ensino é inferior quando comparada a de cursos presenciais?
MITO!
Os cursos de graduação de EaD são regulados pelo MEC. São avaliados periodicamente diante de critérios de qualidade exigentes e, a exemplo dos cursos presenciais, sua nota pode variar de 3 a 5. No IESB, o EaD foi credenciado no MEC com nota 5, nota máxima.
O MEC não autoriza que o curso seja 100% EaD?
VERDADE!
O aluno tem que fazer um percentual presencial. No IESB, escolhemos deixar as provas como presencial, não pode ser on-line. Atualmente, por conta do coronavírus, estamos na exceção, as provas estão sendo apenas on-line, mas é uma exceção. Teve que ser feita uma nova portaria para ser autorizado esse modelo durante a pandemia.
Cursos EaD são mais acessíveis e flexíveis?
VERDADE!
Por conta da tecnologia, os cursos podem ser oferecidos 24h por dia, 7 dias da semana e cabe ao aluno a escolha do período que deseja realizar os seus estudos. Essa é a flexibilidade que o EaD proporciona.
O diploma do EaD é igual ao de cursos presenciais?
VERDADE!
Eles são iguais. A autorização do MEC é igual. O diploma recebido é nos mesmos modos que o do presencial. E os dois têm o mesmo valor.
Por Isadora Mota
