Software desenvolvido por alunos do 1º semestre de Engenharia de Computação mostra importância do isolamento social

Publicado em 2 de junho de 2020

Estudantes desenvolveram programa que simula e compara cenários de contágio por doenças virais

Em meio à pandemia causada pela covid-19, algumas pessoas duvidam da eficácia do isolamento social para a segurança sanitária. Mas, um trabalho dos alunos do 1º semestre de Engenharia de Computação mostra que a quarentena funciona e reduz o índice de contágio pelo vírus. Os alunos foram desafiados a desenvolver um programa que simula cenários de disseminação de uma doença viral na comunidade. O trabalho, capitaneado pelo professor Rodrigo Guimarães, é parte do processo de avaliação da disciplina Algoritmos e Programação de Computadores I (APC I), ministrada no primeiro semestre da graduação.

O software simula, de maneira simples, três grupos seguindo características de isolamento social: o primeiro caso investigado é dentro de um cenário sem isolamento. O segundo, com 50% das pessoas em liberdade de “movimentação” e, o terceiro, idealiza um cenário de lockdown, com 80% dos indivíduos isolados, dentro de casa. “Com isso, os alunos vão ver como o vírus vai se propagar dentro daquelas simulações”, explica o professor.

Importância do estudo

No fim de maio, as regras de isolamento social começaram a se flexibilizar em todo o mundo. Países que já passaram pelo pico de contágio, como Alemanha, França e Estados Unidos, aos poucos começam a autorizar – com medidas restritivas orientadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – a reabertura de locais públicos, comércio, entre outros.

“Vários países ao redor do mundo – aqueles que estão tendo mais sucesso na contenção – estão adotando medidas para restringir a circulação de pessoas. Realizar esse tipo de simulação é uma forma de avaliar o real impacto dessas medidas e o cenário de vidas poupadas caso ela não fosse adotada”, salienta Guimarães.

No fim, o trabalho mostra tanto a alunos quanto à comunidade acadêmica, a importância do lockdown.

Por Felipe Caian Dourado

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