Pesquisa feita para TCC de Engenharia Elétrica e pós-graduação a distância em Energias Renováveis e IOT revela possibilidade de escassez de recursos no Brasil e no mundo, e sugere uso de energia solar

Franco Motta, 25 anos, se formou este ano em Engenharia Elétrica no IESB e focou o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no uso de energias renováveis. O jovem desenvolveu uma plataforma on-line que possibilita ao usuário implementar energia solar (fotovoltaica) em casa, através de uma análise de viabilidade econômica de sistemas de energia disponíveis no mercado. “O usuário, a partir de um cadastro, insere seus dados e o aplicativo informa opções de sistemas fotovoltaicos, preço e características dos equipamentos a serem utilizados”.

“Sempre tive o interesse por esse tipo de tecnologia, então, pesquisando, percebi uma certa carência de softwares com um caráter simplificado, que fizesse simulações e dimensionamentos de sistemas fotovoltaicos”, explica. Franco acrescenta que o objetivo da plataforma é tornar possível até para um usuário leigo o dimensionamento de um sistema completo de energia, sem precisar se vincular a alguma empresa.

O aplicativo ainda está em fase de desenvolvimento e deve ser hospedado futuramente.

Confira o link do TCC: file:///D:/Raiz%20manter/Pictures/TCC_02_FRANCO_VFINAL.pdf 

Aumento do uso das energias renováveis

De acordo com relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), a participação das energias solares e eólicas tiveram recorde de crescimento em 2020. Para saber mais, o IESB conversou com o professor Fábio Salles, da pós-graduação em Energias Renováveis e IOT. “Em todas as projeções a energia renovável desempenha um papel de relevância no crescimento da participação na matriz elétrica. O mercado está em constante crescimento e é necessário se preocupar com a possível escassez de recursos energéticos no planeta”, esclarece o professor.

No cenário brasileiro, 83% da matriz energética é composta por energias renováveis. Para Fábio, os números em ascendência proporcionam melhora não apenas no campo da segurança energética, mas também na taxa de empregos, no baixo custo de produção e na facilitação do acesso para a população, além de possibilitar um sistema sustentável para o meio ambiente, auxiliando no campo, por exemplo, dos agronegócios.

Por Ana Cristina Morbach